Odeio seu cabelo bagunçado, meio jogado para o lado com ar de mistério. Odeio seu andar cambaleado, sem rumo, na procura do que é incógnito e incorreto. Odeio a forma em que me trata, fala sempre com calma até quando insisto em te irritar. Odeio suas roupas meio largadas, monocromáticas, nas quais ousa se esconder. Odeio a forma torta em que segura o seu cigarro, odeio sua voz rouca por causa do mesmo. Odeio te amar. Odeio quando me faz admitir que estou errada, quando me diz que não está certo, quando advinha o que eu quero. Odeio admitir que não consigo dizer não para você.
Mas eu só queria dizer é que eu odeio o fato de você não existir.