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segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Maybe, I should help you

Olhe pra mim. Enxugue suas lágrimas. Não chore mais. Não se desespere. Você não está sozinha. Nunca esteve. Nunca estará. Eu sempre estive aqui do seu lado. Agora vai, tome um banho, esqueça tudo o que passou. Têm roupas suas lá no armário. Uma toalha? Aqui está. Precisa de mais algo? Eu estou aqui, não precisa chorar. Olha pra mim, só mais alguns segundinhos, por favor. Quero ver teus olhos novamente. Não precisa chorar mais. Eu estou aqui, do seu lado. Nunca mais estará sozinha. Pare de chorar. Você não é o que pensa. Não, não diga isso, nem sequer pense. Sente-se. Pode ser aí no sofá mesmo. Aceita um café? Ou prefere um chá? Uma coca, talvez? Se quiser, tenho cigarros também. Frio? Vamos para mais perto da lareira. Estou aqui se precisar de colo, de abraço, ou qualquer outra coisa. Por favor, se acalme. Olhe pra mim mais uma vez. Vem cá. Não precisa chorar. Eu te amo.

domingo, 8 de agosto de 2010

Só queria dizer

Odeio seu cabelo bagunçado, meio jogado para o lado com ar de mistério. Odeio seu andar cambaleado, sem rumo, na procura do que é incógnito e incorreto. Odeio a forma em que me trata, fala sempre com calma até quando insisto em te irritar. Odeio suas roupas meio largadas, monocromáticas, nas quais ousa se esconder. Odeio a forma torta em que segura o seu cigarro, odeio sua voz rouca por causa do mesmo. Odeio te amar. Odeio quando me faz admitir que estou errada, quando me diz que não está certo, quando advinha o que eu quero. Odeio admitir que não consigo dizer não para você.




Mas eu só queria dizer é que eu odeio o fato de você não existir.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Relógio de chances.

Meu relógio está ao inverso, no sentido anti-horário. As horas não passam, elas voltam. Os dias não terminam, eles começam. Ouço as palavras ao contrário, escrevo de trás pra frente, ando de cabeça para baixo. O norte é o sul e o sul eu não sei onde é. Eu amo quem deveria odiar e quem eu deveria amar, eu odeio. Ando meio perdida, deveria procurar a saída ou um lugar para entrar? Eu quero o que eu não quero e não quero o que eu quero. Não, não tente me entender, nem eu mesma me entendo.